Comboio histórico do Douro: crónica de um sucesso anunciado

A Agência Lusa obteve da CP dados relativos à frequentação do Comboio Histórico do Douro que permitem desde já tirar uma conclusão que se anunciava: o sucesso da campanha de 2016 é inegável.

A composição do histórico junto ao Rio Douro.
A composição do histórico junto ao Rio Douro.

Depois de alguns anos com recurso à tracção diesel, devido à demorada intervenção na única locomotiva a vapor disponível para este serviço – a locomotiva 0186 – o comboio histórico regressou este ano na máxima força e em doses reforçadas, com mais circulações ao fim de semana e várias circulações inclusivamente a meio da semana, sempre no troço Régua – Pinhão – Tua.

Com a conversão da locomotiva 0186 para gasóleo, a CP garantiu à cabeça uma redução muito substancial dos seus custos de operação, que eram um factor que pesava contra si em temporadas anteriores, mas garantiu também mais comodidade para os turistas (menos fumo e ausência de cinza) e mais segurança, particularmente com a redução ao mínimo do risco de incêndio.

Este ano, e a 15 viagens de encerrar a temporada anual, a CP transportou 5.677 passageiros com este produto específico, conseguindo aumentar a taxa de ocupação ao mesmo tempo que aumentou o número de circulações. A taxa de ocupação atingiu até agora 85,9%, que compara com os 81,3% obtidos na campanha de 2015.

Além do contexto favorável, numa zona cujo dinamismo turístico é não pára de aumentar, a CP investiu este ano em mais comunicação e promoção, o que também pode estar a contribuir para a melhoria dos resultados com este serviço. Este ano a empresa estreou ainda a possibilidade de acompanhar o maquinista durante o trajecto, no que foi uma iniciativa comercial inédita e que obrigou o próprio setor ferroviário a uma redefinição normativa no que toca à presença de elementos exteriores à empresa na cabine de condução.