Renovação da Linha do Norte vai continuar

As obras da linha do Norte – que poderiam ser as obras de Santa Engrácia – vão ser reatadas já em Março deste ano, quando o primeiro dos três troços cuja renovação ainda está por concluir entrar em obras.

Apeadeiro de Paramos, no troço Ovar - Gaia, o mais obsoleto da linha do Norte e o 2º com mais tráfego.
Apeadeiro de Paramos, no troço Ovar – Gaia, o mais obsoleto da linha do Norte e o 2º com mais tráfego.

Após mais de 20 anos de obras, a linha do Norte nos dias de hoje tem ainda três troços em condições similares às que apresentavam na década de 70: Vale de Santarém – Entroncamento, Alfarelos – Pampilhosa e Ovar – Gaia. O último troço sobretudo caracteriza-se por tráfego que excede a capacidade teórica de uma infraestrutura vetusta e com um sistema de controlo de tráfego pouco eficiente.

Em Março, arrancam as obras entre Alfarelos e a Pampilhosa e em Janeiro de 2017 é lançado o concurso para o troço Ovar – Gaia, cuja obra de renovação será talvez a mais difícil de toda a linha, pelas especifidades do troço e do tráfego que ali circula, e que não será interrompido. No 2º semestre de 2018 será a vez do troço Vale de Santarém – Entroncamento ir a concurso.

A sinalização será modernizada, sendo instalado o controlo de tráfego centralizado e ocorrerá a supressão de múltiplas passagens de nível que existem nestes troços, recorrendo a desnivelamentos das mesmas.

Nas estações, serão criados e alargados resguardos para comboios de 750 metros na Bobadela, Mato de Miranda, Entroncamento (à saída dos ramais de mercadorias), Alfarelos, Pampilhosa, Ovar-Mercadorias e Francelos, o que permitirá incrementar a capacidade da linha.

As velocidades máximas serão de 160 km/h nos três troços, permitindo alguma economia de tempo para os comboios de longo curso e alcançando uma pontualidade e fiabilidade das circulações superior.

Na Bobadela, serão feitos ajustes nos feixes de vias e na sua inserção na linha do Norte.

Resta saber se em 2020, quando o último troço tiver finalmente os standards previstos com a renovação dos anos 90, qual será a necessidade de regeneração dos restantes troços, alguns com renovação concluída, por essa altura, há 25 anos…