
Consórcio AVAN propõe alterar estação de Gaia
01/09/2025A Agência LUSA antecipou que o consórcio AVAN, anteriormente LusoLav, vai propor a aprovação de um projecto de execução que altera significativamente o âmbito do troço Porto – Oiã da nova linha de alta velocidade, que já passou por análise de impacte ambiental.
Assim, noticia a LUSA que o consórcio proporá mesmo duas pontes em vez de uma sobre o rio Douro, e uma localização significativamente mais a Sul do que o previsto para a estação de Gaia, na zona de Vilar do Paraíso (Guardal de Cima) em vez de Santo Ovídio. Se no caso das pontes o impacto será sobretudo ambiental, já no caso da estação de Gaia há as maiores dúvidas sobre a equivalência funcional da solução proposta dado que em Santo Ovídio confluirão duas linhas de Metro, o que também pode ser garantido na nova localização mas em termos que se desconhecem – desde logo se o consórcio assume os custos dessa extensão do Metro do Porto ou se tenta transferir para o Estado esse sobrecusto.
Recorde-se que este troço foi adjudicado numa parceria para concepção e construção e que o consórcio trabalha na definição do projecto de execução sobre a banda de 200 metros de largura aprovada em Estudo de Impacte Ambiental, mas em que alguns elementos ficaram claramente delineados, como o atravessamento do rio Douro e a localização da estação de Gaia. A nova proposta pode ainda aumentar as demolições previstas, ao aumentar a extensão de troço descoberto e não em túnel.
Tudo isto terá de ser aprovado no Recape (relatório de Conformidade Ambiental) que determinará as características finas do projecto a executar, prévio ao início das obras de construção. Ainda se desconhece reacção da IP e do ministério, entidades que ainda recentemente haviam garantido que apenas trabalham no cenário partilhado no caderno de encargos do concurso que originou a adjudicação à AVAN.
Normalmente em estudos de corredores em EIA são 200 m mas de cada lado, ou seja estuda-se um corredor de 400 m de largura