
Trainspotter 149 – Janeiro de 2023
09/01/2023A primeira edição de 2023 é uma das maiores de sempre, fruto de um mês de Dezembro muito preenchido em termos de circulações especiais, destacando-se o PTG com uma reportagem magistral, mas também o comboio de Natal e o Vapor do Vouga.
Apresentamos ainda extensas novidades da frota de material circulante, uma profunda análise ao Plano Ferroviário Nacional onde se apresentam diversas ideias cujo objetivo é sobre a mesa ideias que possam melhorar o que já foi apresentado pelo governo e que se encontra atualmente em discussão.
Sem esquecer o programa Ferrovia 2020 e as notícias que marcaram o mês de Dezembro, espaço ainda para opiniões e atividades associativas.
Para todos um excelente 2023.
https://portugalferroviario.net/wp-content/uploads/2023/01/2013-01.pdf
Pena que a reportagem sobre a PTG está cheia de omissões e erros. Nomeadamente:
1. Dia 1 – Na via estreita foi utilizada a 9004, porque não havia pessoal suficiente para a locomotiva a vapor. O maquinista da 9004 era o chefe do depósito de tração de Coimbra, porque não havia mais ninguém disponível.
2. Dia 1 – O comboio não entrou na triagem do Porto de Aveiro porque o sinal estava fechado e ninguém da administração do Porto de Aveiro atendeu o telefonema ao maquinista da Medway.
3. Dia 2 – Não houve uma breve paragem na estação de Ródão antes de se entrar para o Ramal da Celtejo, agora Biotek. A agulha fez entrar a composição para a linha 2, em vez de a linha 3. Como tal foram obrigados a recuar e a fazer de novo.
4. Dia 3 – Os atrasos no Entroncamento foram devidos a descoordenação entre CP, Medway e IP, nomeadamente na passagem da triagem para o antigo TVT.
Estes atrasos suprimiram a visita ás oficinas por parte dos participantes da PTG e o seu transbordo da estação do Entroncamento para as Oficinas pela UTE 2064.
5. Dia 3 – O comboio ficava no Barreiro durante á noite mas apenas para ser limpo e “guardado”. Não há infraestrutura na “nova estação do Barreiro” para abastecer de água. E pode-se acrescentar que a limpeza era muito mal feita.
6. Dia 5 – A paragem de cinco minutos e meio no Poceirão não foi apenas para para fotografias, mas também para deixar a maquinista da Medway, que teve que ir por causa da passagem na Concordância de Águas de Moura.
7. Dia 5 – As duas horas de paragem em Beja foram usadas para abastecer as locomotivas de gasóleo, limpar as carruagens novamente e sobretudo abastecer de água. Havia uma carruagem que já estava sem água nesse momento.
8. Dia 5 – Em Casa Branca da parte da tarde, não foi só trocar da 1461 para a 1436, houve também a obrigatoriedade de deixar passar o Intercidades 790.
9. Dia 5 – A chegada ao Ramal da Siderurgia Nacional já foi após o por do Sol, porque no Poceirão houve ordem de paragem para deixar passar o Intercidades 672 que vinha atrasado.
10. Não havia apenas ingleses no comboio. Havia ingleses, escoceses, galeses, alemães, austríacos, norte-americanos e um português,
11.Todos os participantes da viagem da PTG saiam para tirar fotos mas á primeira buzinadela voltavam para o comboio. Ao ser dada a segunda buzinadela todos estavam dentro do comboio e marcha prosseguia impreterivelmente.
12. O serviço prestado pela CP face ao valor pago foi muitas vezes deficitário. O pessoal do operação e revisão que acompanhou o comboio, na sua maioria já inspectores, foram impecáveis e acima de qualquer critica.
Contudo houve diversos problemas técnicos que poderiam ter sido evitados e deveriam ter sido. Continuamos a ser um país pequeno e com falta de qualidade para viagens deste tipo.
E a CP nomeadamente a parte comercial, que vendeu a viagem, fez um papel insignificante na promoção da empresa e do turismo português.